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Parte quatorze.

- É, aquela garota era a Sam, Júlia.
- Sim, fala.
- Então, você sabe como é, ela ficava direto no meu pé. Encontrei ela lá na Holanda, e me falou que ia ter uma rave aqui e não queria perder. Não te liguei por que perdi meu celular durante a viagem. Então voltei e fui pra rave. Lá, beijei ela pra ver se ela parava de encher o saco. Mas nunca me passou pela cabeça lhe encontrar lá. Me pus no seu lugar, sei como foi deprimente o que fiz, por isso te digo que to disposto a lutar por você.
- Acha que essa história cola? Nick, suas palavras são muito bonitinhas, obrigado pelos chocolates mais nada me convence. – Respondi chateada, claro que era verdade, ele não gaguejava e me olhava nos olhos enquanto falava, mas não queria dar o braço a torcer. – Deveria ter se arrependido quando tocou nos lábios dela, deveria ter tido a consciência de que tava me traindo, Sem vergonha. – Gritei.
- Júlia, to aqui te explicando tudo, e é assim que você me trata? – Parecia estar indignado.
- Como é que é? – Me estressei. – Depois de ter mentido, eu liguei pra ti pra saber notícias tuas e nada, me traiu na minha frente, caramba, eu não vou perder minha cabeça, não vou mesmo. – Aumentava meu tom de voz a cada vez mais.
- Desculpa caramba! Desculpa, quer saber, eu vou embora. – Ficou furioso, enquanto caminhava-se á porta, pensei, tinha que ter uma reação.
- Não vá. – Pedido inesperado vindo de mim.
Ele parou de andar, ainda de costas falei:
- Nick, me perdoa. Sofri um acidente, achei que meus pais iam se separar, achei que ia te perder, você me faz muita falta, pode ter certeza que faço das suas palavras as minhas quando li aquela carta. – De repente uma lágrima caiu, não queria que o Nick me visse chorar, principalmente falando dele. Olhando pra ele ainda de costas continuei. – Sabe o quanto sou orgulhosa, mas eu to aqui te pedindo pra ficar, eu te amo caramba! – Não agüentei, chorei. E ele viu. Virou, voltou até a mim. Passou a mão em minha cabeça e sentou ao meu lado. Me abraçou:
- Eu vou ficar o tanto que você precisar. Desculpa pequena.
- Desculpo, desculpo. – O abracei forte.
Olhei pra ele, também chorava. Imaginei que um dia veria Nick chorar, mais não que seria ali, me abraçando e arrependendo-se de tudo que fez. Dei outra chance e não me arrependi, pois me pus no lugar dele, se não me perdoasse não iria saber o quê fazer. A enfermeira bate na porta e entra. Nick me solta, me dá um beijo na testa e fica de pé:
- Bom, desculpa interromper mas falta só um exame pra checar se você ta bem e poderá sair daqui. – Falou a enfermeira.
- Ótimo, então vamos.
- A sua amiga Mel já ta lá fora a sua espera.
- Ótimo, e os outros?
- Eduardo está com ferimentos e estamos cuidando disso e verificando se ele cuidará de si em casa, mas Raí... – Abaixou os olhos e me olhou novamente. - O Raí provavelmente não vá sobreviver.
- O QUÊ? Como assim? A Mel vai ficar arrasada. Meu Deus. – Pus as mãos na cabeça, me desesperei. – Rápido, vamos fazer esse enxame, quero sair daqui.
- Ta, calma, calma Jú. – Falou Nick.
A enfermeira tirou a agulha do soro, me levou ao banheiro, minhas pernas estavam bambas, mal conseguia andar, fui até o banheiro. Finalmente um banho. Saindo de lá, deixando o quarto encontrei a Mel. Não contive o choro, a abracei forte. Ela já sabia da má notícia, fiquei com o coração na mão:
- Minha linda, ta tudo bem, tenha fé, acredite. – Ainda a abraçando falava. Chorávamos com medo que Raí não resistisse. A família da Mel também chorava, o pai e a mãe dela estavam muito deprimidos. Mas não podiam deixar de acreditar na sua recuperação. Abracei meus pais, estava feliz ao vê-los juntos novamente, estava confortável em ter Nick ali comigo, mas meu coração estava partido vendo a Mel naquele estado. Fui dar uma volta com ela, sozinhas. Consegui distraí-la, fazê-la parar de chorar era minha missão dessa vez. Dizia nunca deixá-la sozinha, que a amava, que era como uma irmã pra mim. E ela agradecia.

[...]

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