Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Parte vinte e um

Que saco, não queria mais ver Nick na minha frente. Saí irritada e lá fora encontrei o garoto que estava cantando na pizzaria:
- Oi? – Falou ele, super tímido.
- Oi... – Estranhei.
- Bom, é... Percebi que gosta de música, vi você cantar quase todas que toquei.
- É verdade, gosto sim. Mas não sei se tenho talento pra cantar nem tocar, mas tenho vontade.
- Sério? Caramba, por que tipo, eu to procurando uma garota que queira cantar, pensei muito em um dueto, o quê você acha em tentar?
- Bom, não sei, a gente mal se conhece.
- Ah, desculpa. Eu nunca fui de chegar falando, desculpa mesmo.
- Não, sem problemas, pega aqui meu telefone que a gente combina algum lugar pra treinar alguma música, certo?
- Ok.
Ele pegou meu papelzinho com meu telefone:
- Ah, meu nome é Ana Júlia e o seu?
- Bernardo.
Dei um sorriso e fui embora.

Pensei bastante, não vou mentir, era uma ótima proposta. A noite passou, adormeci. Quando acordei já era quase meio dia. Apressei-me, chamei meus pais e fomos pro churrasco na Casa da Mika. Deve-se imaginar como meu coração disparava quando eu perguntava se estava perto e minha mãe dizia que sim. Descemos do carro, demos uns passos e logo avistei a imensa mansão que era a casa dela. Nossa... vi vários arbustos e rosas na frente, uma casa tão bela e bem amarela. Pelo visto não havia poucas pessoas ali, encontrei 12 carros estacionados lá em frente. Tocamos a campainha e logo os pais da Mika vieram atender. Eles sorriram e nos receberam super bem, logo veio a Mika:
- Amiga linda! – Sorriu, vindo ao meu encontro e me deu um abraço.
- Olá amorzinho. – Sorri.
Disfarçadamente olhei pra dentro de casa a procura do Caíque. Não o encontrei. Entramos, fomos pra imensa, sério, imensa varanda da casa dela, com piscina, umas 10 crianças brincando juntas lá dentro, havia um parquinho com balançador, churrasqueira, parecia um Buffet. Mais, onde estava Caíque, infelizmente ou felizmente, sei lá, eu estava super curiosa, já nem conseguia mais disfarçar minhas olhadas todo tempo de um lado pro outro.
Meus pais sentaram-se perto dos pais da Mika, junto com outros adultos, os parentes e amigos da família. Comecei a conversar com a Mika, comentou sobre sua semana como havia sido, perguntou sobre a minha, perguntava o que eu fazia... o que gostava de fazer. Falei da música e da fotografia daí ela falou, pra todos da mesa:
- Gente, jajá eu vou tocar violão e a Jú vai cantar viu!
- Quê? Ta louca?
- Que foi? Cê me disse que gosta de cantar!
Fiquei sem reação, pois sabia que iria morrer de vergonha ainda mais cantando em público, vai que o Caíque aparecesse de vez? Não sei, não sei mesmo.
Depois de um bom tempo, churrasco vai refrigerante vêm, crianças gritando e me molhando aqui e eu odiando ali daí a Mika me chama e manda eu me sentar num banquinho onde havia um microfone. Sentei, ela pegou o violão e me disse a música que eu ia cantar. Estava todo mundo olhando e esperando eu começar a cantar, eu suava, estava com muita vergonha, então apenas fechei meus olhos e cantei, a voz saiu de uma forma super suave, saiu um peso das minhas costas, mas não abri os olhos. Pensei, eu não vou ficar o tempo todo com os olhos fechados, as pessoas vão pensar que eu sou doida. Então fui abrindo, devagar, estavam todos sorrindo enquanto nos observava, a Mika estava ao meu lado tocando e quando a música acabou eu vi o garoto mais perfeito do mundo com uma câmera na mão, terminando de nos filmar e sorrindo. Caíque conseguia ser mais bonito que Nick, talvez por ser muito mais misterioso. Nunca trocamos uma só palavra, nunca nem nos esbarramos. Naquele momento fiquei hipnotizada pelo sorriso dele, sincero e tímido. Não correspondi ao seu sorriso, pois notariam alguma coisa. Saí de fininho enquanto todos aplaudiam, enquanto andava ia ao encontro dele, sorri e continuei andando.
[...]

0 comentários:

Postar um comentário

  © NOME DO SEU BLOG

Design by Emporium Digital