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Parte vinte

Trocamos os nossos números e Caíque não parava de olhar.
- Então, esse é o Caíque? – Falou minha mãe, logo pensei “Meu Deus, ela vai fazer alguma besteira, quero correr daqui!”.
- Sim, é O Caíque. – Falou Mika, empurrando-o pra falar com minha mãe.
- Olá! Como você cresceu, ta muito diferente, mais continua lindo. – E todas nós rimos. Ele ficou super envergonhado e me olhou enquanto sorria.
- Obrigada dona Laura. – Falou ele.
- Então, próximos finais de semana vão fazer um churrasco lá em casa, vocês querem ir? – Falou Mika.
- Claro, iremos sim, que horas?
Ela falou, explicou o local, seria uma chance de falar com Caíque, conhecê-lo melhor, queria fazer amizade com ele, parece ter se transformado numa ótima pessoa. Digo transformado por que ele era um chatinho quando éramos menores.

A semana foi passando, eu estava quieta, via pela janela a chuva cair, as pessoas tomando banho e jogando bola. Queria eu ter companhia, uma amiga, um irmão, um primo, mas estranho é que não conheço todos meus parentescos, minha mãe diz que tenho parentesco que até mora na Índia. Minhas primas são todas muito simpáticas, mas muito problemáticas, por isso minha mãe não queria que me envolvesse. Então, o quê que eu poderia fazer? Se bem que acho que nunca mais iria ter uma amizade forte como tive com a Mel.
Levantei-me, peguei minha agenda e escrevi meus pensamentos, poesias, alguns fatos difíceis e engraçados que já havia passado e então o telefone toca e minha mãe me chama:
- JÚLIA, telefone pra você. – Gritou ela.
- Tô indo mãe.
Desci rápido e bati a perna em um batente.
- Ai caramba, ai que dooooooooor! – Falei pra mim mesma.
Fui pulando igual um saci pererê até o telefone.
- Ai, alô, alô? – Falei.
- Oi amiga, é a Mika.
- Ah, oi amiga! – Falei entusiasmada.
- To ligando pra confirmar sua presença aqui amanhã.
- Ah eu vou sim amiga, claro que eu vou.
- Certo amiga, só um minuto.
Ouvi ela falar: O QUE É? E depois ouvi a voz do Caíque:
- Ela vem é? – Perguntou ele.
- Vem, por quê?
- Por nada não ô ignorante. – Falou irritado.
- Ta certo.
De volta à conversa:
- Pois é amiga. – Falou ela.
- Ok então, vou combinar direitinho com minha mãe e vou pra sua casa amanhã.
- Certo. Beijo.
- Beijo, tchau.
Quando desliguei o telefone meus olhos encheram-se de lágrimas, não entendi, talvez fosse felicidade ou medo. Medo de me envolver com Caíque, se o que ele disse havia sido pra mim, não sei. Felicidade por que queria conhecê-lo e talvez ele também queira. Falei pra minha mãe o que ouvi, ela me disse que falei com entusiasmo, ela percebia que sentia no fundo algo por ele. Meu Deus, não quero sofrer por amor, mas é tão trágico pensar assim, nem falei com ele ainda. Ta, parando de pensar demais resolvi dar uma passada numa pizzaria que havia perto de minha casa, iria tomar um suco, ouvir um pouco de música, pois lá tinha couver artístico. Ninguém gostaria de ir a um lugar desses sozinha não é? Mas eu fui mesmo não tendo companhia. Cheguei lá, sentei numa mesa sozinha, pedi um suco de laranja e ouvi cada movimento do garoto que dedilhava o violão e cantava. A voz dele era uma perfeição e ele também. A música me encanta, cada melodia, cada letra. Enquanto olhava e admirava, sentia alguém me olhar, aquela velha sensação de estar sendo observada. Olhei para trás, lentamente. Quando menos espero, encontro Nick a algumas mesas atrás de mim com a Sam. Apenas dou um sorriso mega falso e viro novamente. Pouco me importava com aquele cafajeste. Tomei meu suco, relaxei um pouco, fiquei sentada, depois levantei e fui ao banheiro, já ia embora.
Saindo do banheiro Nick fala:
- Eai minha gatinha? Como você ta.
- Sua eu não sou, mais gatinha sou sim. Estou ótima, agora me dá licença que preciso ir embora.
[...]

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