Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Pág. 2

Eu imagino o quanto foi difícil ter que aturar essa minha burrada, ter te deixado sozinha foi a pior coisa pra mim, mas Júlia, o amor da minha vida é você! Eu vim embora pra ver se você era realmente a minha razão, fiz isso para que o tempo falasse por nós. Só ele resolve nossas dores, eu não sei o quê você ta sentindo, senti tanta culpa ao te ver naquela praia, senti mais culpa ainda ao te ver naquela cama de hospital, meu coração foi praticamente triturado. Senti orgulho em doar sangue pra salvar você. Mas, eu vim pra cá para que você tivesse como pensar bem, sem pressão, e eu quero saber... Você ainda quer me ver? Quer que eu fique contigo? Júlia, me perdoa, eu nunca mais vou te decepcionar. Faz um mês que não te vejo, passear pelas ruas e ver alguns casais me mata, por que eu te quero aqui, mas não vou te procurar se você não quiser mais, pois um fim é melhor assim, sem te ver. Eu vou me acostumando! A decisão é sua! Eu te amo muito, eu tenho planos pra nós. Ah, a Mika ta mandando um beijo, disse que vai te ver assim que chegar por ai. Fica bem ta? Qualquer resposta que seja, vou tentar levar uma vida normal.

“Beijos, Caíque”


O endereço de onde ele estava vinha no envelope, ele queria uma resposta. Colocava a carta sobre meu peito, não acreditando que aquilo estava comigo, suas letras, seu cheiro, seus pensamentos. Ele era meio que “Burrinho”, tentava ser orgulhoso, mas não conseguia. Minha mãe não falava nada, pois entendia o que era o amor. Terminei de ler a carta a tempo e cheguei à escola. Dei um beijo em seu rosto e me direcionei àquela escola cujo nome perseguia toda minha vida. Sempre estudei lá, sempre tive meus amigos por perto, era minha segunda casa. Mas, assim que procurei meu nome na lista, maiorias dos meus amigos não estavam lá. Fiquei super triste, tive até que passar alguns intervalos só. Me sentia a novata.

Algumas semanas se passaram, e no colégio as únicas pessoas que eu ainda conhecia eram uns professores e umas colegas distantes. Procurei sentar na cadeira perto da janela, pois estava chovendo e eu adoro ver as gotículas de água escorrer pelo vidro. Parece estranho, mais aquilo era uma distração pra mim. O sinal havia tocado e eu fui pro intervalo, sozinha novamente. Eu estava tão distraída que uma pessoa bateu em meu ombro e me deixei ser levada até o chão. Simplesmente olhei pro teto e fiz uma imensa cara de tédio, não fazendo nenhuma força pra levantar, o garoto me olhou e riu muito:
- Se satisfez? Agora já pode ir embora viu? – Falei, sem querer saber se meu tom de voz demonstrava ignorância.
- Desculpa, desculpa. – Ele tapou a boca com uma mão abafando sua risada e estendeu a outra para que eu levantasse.
- Obrigada. – Disse, quando levantei. Sorri e voltei ao meu percurso. Mas ele não me deixou ir embora em paz.
- Ei, sai assim, do nada? - Ele falava alto porque já estava longe.

[...]

0 comentários:

Postar um comentário

  © NOME DO SEU BLOG

Design by Emporium Digital