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Parte trinta e seis

Comi tudo e deixei de lado o prato, deitando novamente a cabeça na cama. Já não sentia mais o frio exagerado da noite anterior, acabei tendo um sono longo e confortável novamente.

Acordei às 4:30 da tarde. Estava exausta de tanto dormir. Pedi pra que alguém trouxesse meu fone de ouvido e meu mp3, queria escutar música. Quando fizeram meu pedido, encostei minha cabeça no colchão e fechei os olhos. Não ouvia nada nem ninguém. Mas ouvi um pequeno jarro de flores que estava na janela cair no chão. Era Caíque, desastrado. Ah que raiva daquele garoto, ainda tem a maior cara de pau de aparecer aqui, adiantei:
- O quê é que você ta fazendo aqui? – Abaixei o volume da música.
- Vim lhe ver.
- Ah é? Não achava melhor pegar uma foto? – Falei chateada, virando para o outro lado.

Pensamentos de Caíque.

Ela estava realmente chateada, tive de aceitar, dei motivos, mas tive de responder:
- Eu tô muito arrependido Júlia, acredite em mim. – Falei, triste. Ela virou e olhou bem na minha cara.
- Você não ta arrependido Caíque. – Falou, dando ênfase ao ‘arrependido’.
- Como não estaria? – Corri pra perto dela, fiquei de joelhos e os cotovelos apoiados na cama.
- Por que estaria? – Ela respondeu, me desafiando. Peguei seu pulso, fui deslizando meu dedo, apontado para suas veias. – Vê essas veias? O sangue que corre aqui agora já foi meu, sorte sua está viva. – Deixei seu braço cair sobre a cama. Saí sem olhar pra trás, a ouvi chorar.

Pensamentos de Ana Júlia.

Eu fiquei confusa, assim que ele virou as costas senti uma imensa angústia que não me impediu de chorar. Ele talvez não ouvisse e foi pra fora do quarto. Não sabia exatamente se o queria novamente, se volta pra mim. Não iria saber viver com desconfiança, basta tirar de experiência o que vivi com Nick, sofri muito. Quando Vi Caíque sair pela porta, alguma coisa em mim dizia que ele não iria voltar. Mas eram apenas sensações, nada é certeza. Apertei novamente o botãozinho e pedi que a moça chamasse meus pais. Minha mãe chegou 2 minutos depois, meu pai estava tomando um café. Perguntei minha mãe o que tinha acontecido exatamente. Ela me explicou, eu fiquei tão triste em não saber de nada antes de tratar o Caíque da forma que tratei. Pedi:
- Mãe, por favor, chama ele pra mim. – Falei, apertando sua mão, enquanto em meu rosto, a lágrima escorria.
- Ta filha, vou tentar achá-lo. – Ela fez uma cara de infelicidade, me deu um abraço e saiu.
[...]

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