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Parte trinta e três

- Não olha, por favor, não olhe pra sua direita. Encontrei o Caíque aqui, vi ele beijando outra.
- Você ta bem?
- Tô mãe, tô bem. Vou fazer uma promessa, não vou mais me apaixonar.
- Não acho que deva ser assim minha filha, oportunidades vem e vão, só Deus sabe seus trajetos durante sua vida.
- É, não sei, mas tô disposta a esquecer tudo e passar a ter uma vida ser amores.
E ficamos ali nos encarando, eu e minha mãe, ela não estava nem um pouco feliz com a notícia, Caíque era um ótimo garoto... Na concepção dela.

Quando saí do mar, passei ao lado de Caíque, ele estava sentado na areia. Senti sua mão puxar a minha. Apenas olhei nos seus olhos e fiz força pra que ele soltasse minha mão e saí. Falei:
- Mãe, vamos embora agora, por favor?
- Certo filha.
Falei alto pra que ele ouvisse. Meus pais e eu nos arrumamos e fomos embora.
No caminho de volta, chorei, mas não queria que meu pai visse, então pedi pra ele colocasse uma música qualquer. Assim que cheguei em casa, corri pro meu quarto, batendo a porta do quarto com força, fazendo assim meu pai desconfiar de algo. Ele olhou pra minha mãe com aquele olhar que dizia “Que foi agora?”. Eles entraram em casa e foram pro quarto, meu pai foi tomar banho e minha mãe ficou na cama, pensativa. E eu estava lá no meu, chorando desesperadamente, com um porta-retrato, nele estava uma foto minha e do Caíque no dia do meu aniversário. Deitei em minha cama com a cabeça virada pra baixo. Sentia o edredom ficar ensopado por minhas próprias lágrimas. Não me contive, meus pensamentos voltaram-se ao dia em que o vi pela primeira vez, no dia em que o vi no parque e quando nos beijamos pela primeira vez. Procurei me acalmar, pois já estava soluçando. Mas peguei o porta-retrato e joguei contra a parede. Não queria nenhuma lembrança dele, sinceramente, não sabia mais de nada. Se for pra viver mesmo, iria ser levada por minha própria vida. Distraída com a raiva, com o ódio e rancor, pisei em cima de um enorme caco de vidro e me cortei. Logo caí no chão, cortando também minha mão. Meu pé estava sangrando muito e eu, tenho uma imensa sensibilidade ao ver sangue, fico sem forças. Logo desmaiei.

Pensamentos de Laura.
Estava sentada esperando o Renato sair do banho pra que eu pudesse falar o quê aconteceu, mas ouvi o barulho de algo quebrando lá em cima. Corri, subindo as escadas eu pensava desesperadamente no que havia acontecido com a minha Júlia. Chegando lá ela estava desmaiada e toda ensangüentada. Fiquei nervosa, desesperada. Gritei pelo Renato, pra me ajudar a pôr ela no carro e correr pra um hospital. Ele veio:
- O quê foi isso? – Falou desesperado.
- EU NÃO SEI! – Gritei, chorando, com ela nos braços. – Me ajuda aqui, põe ela no carro.
- Ta.
- Cuidado com o vidro.
[...]

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