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Parte onze

minha mãe, comi o lanche preparado por ela e a avisei que dormiria na casa da Mel, comi o lanche preparado por ela. Saí de casa, andei pelo imenso gramado que existe em frente dela, olhei para o céu e sentia o ar fresco, as pessoas conversavam e sorriam, observando tudo, vi que só não se tem paz se não permitir-se, ainda mesmo existindo aqueles que não têm fé em Deus, pra quê prova melhor que tudo ao nosso redor? Tudo tão real, tão nítido.
Chegando próximo a casa da Mel um skatista esbarra em mim e cai:
- Pô, desculpa ai, tava distraído. – E ele, sorriu.
- Não, sem problemas... – Dei a mão para que levantasse.
- Opa, Obrigado. – Levantou.
- Pois é, vou indo. Tchau. – Acenei e fui andando.
- Ei, espera. – Falou, andando em minha direção.
- O quê? – Fiz uma cara de “Oi? To com medo, não te conheço”.
- A gente vai se ver denovo?
- É – Pensei. – Talvez.
- Talvez? Ei! – Fui andando enquanto ele falava mais alto, percebeu que eu ria.
Olhei pra trás, ele já estava em cima do skate, um pouco longe.
- Doido. – Falei pra mim.
Toquei a campainha da Casa da Mel. A mãe dela me atendeu, me falou que ela estava no quarto. Fui andando e bati na porta:
- Mel?
- Oi, entra ai.
Pus minhas coisas em cima da cama dela e sentei ao lado dela, enquanto ela fazia simplesmente nada.
- Eu vi tudo lá fora. – Falou.
- Quê? Aquele garoto lá, você conhece?
- Aham, ele é um amigo do Raí (irmão dela).
- Ah ta e eles vão pra festa? – Perguntei pouco curiosa.
- Claro né meu bem, sabe como é o Raí. E olha, aquele amigo dele se chama Eduardo.
Peguei um travesseiro e rebolei nela.
- Idiota. – Sorri.
- Quê que ele falou em?
- Perguntou a gente se veria de novo.
- Olha só, ganhou o coração do garoto.
- Calma ai hein, não exagera.

A Mel levantou da cama, fechou a porta e pôs o som pra tocar, cantar músicas internacionais era com a gente mesmo, fingir que a escova de cabelo é microfone é a nossa cara. Pulamos em cima da cama, cantamos e rimos muito, tiramos fotos até que cansamos. Ela foi tomar banho e eu fiquei no quarto sozinha, de repente o Raí entra sem nem bater na porta:
- Ih, foi mal, pensei que a Mel tava aqui.
- Sem problemas. – Sorri.
Já Fechando a porta, ele entra denovo:
- Vai com a gente pra casa de praia é?
- Aham, você vai? – Já sabia que ele iria, mas perguntei sem nem saber o porquê.
- Ah, vou sim, perco essa por nada. Pois é vou ali.
- Beleza.
O Raí é do tipo skatista maior de idade, 18 anos, usa calça caída e alargador em uma orelha, têm os olhos castanhos e cabelo é estilo um moicano curtinho. Fora que ele é muito lindo mais fica com todas as garotas e eu não tenho nenhum interesse pra garoto desse tipo. Ele já foi um amigão do Nick, até eles brigarem feio por causa de uma garota que ficou com os dois ao mesmo tempo. Depois disso nunca mais nem se olharam. E um dos motivos do Raí nunca me olhar ou ter interesse é o meu namoro com Nick. Um dia a Mel até disse que ele queria ficar comigo e tal, mas eu não quis não, por conta da fama não muito boa dele.
A Mel entrou no quarto, se arrumou e desceu, então fui tomar meu banho e me arrumei, pus uma camiseta básica branca, short jeans e tênis adidas. Arrumei a franjinha, perfume, maquiagem e desci quando novamente dou de cara com quem menos espero, Eduardo:
- Ta mó gata viu? Que mundo pequeno, te vendo de novo. – Abriu um sorrisão.
- Pois é né, vai com a gente? – Falei, surpresa.
- Aham. Não fazia a mínima idéia que você conhecia a Mel e o Raí.
- Ela é minha melhor amiga...
Fomos todos pro carro, quem ia dirigir até a casa de praia seria o Raí. A Mel foi no banco de trás comigo, fofocando claro. E os meninos na frente, só nós a lua e a estrada. Viagem curta, cerca de quarenta minutos até o local. Chegando perto já ouvíamos as altíssimas batidas de som e algumas pessoas, lotação. Um dos organizadores da festa era Raí, então tinha direito a um quarto da casa de praia no qual ficaríamos. Chegamos lá, muita gente dançando, fomos ao quarto, deixamos as coisas e fomos dançar. Grande maioria da galera era Adolescente. Dancei bastante e bebi energético pra agüentar a noite toda. Percebi que o Raí e o Eduardo ficavam falando e rindo enquanto me olhavam. Desejei ser uma mosquinha pra saber quê que eles falavam. A Mel estava no meu lado dançando também e falou:
- Amiga, vou buscar uma bebida, não sai daqui.
- Ta certo então, volta logo.
Não tinha vontade de parar de dançar, talvez fosse isso que os meninos tivessem reparando, então ri pra mim mesma:
- Que é isso Júlia? Ta rindo sozinha? – Fala Raí.
- Não, é que me lembrei de uma coisa engraçada. Nada demais.
- Ah ta.
Então a Mel voltou e puxou meu braço imediatamente.
- Júlia, amiga, tô pasma, vou ter que te contar, não faça nada. Promete?
- Prometo, que foi, ta me assustando.
- Ai Deus, vai ter confusão, mas sabe quem que eu vi nesse instante?
- Quem? – Não fazia a mínima idéia.
- Nick!
- O Quê? Como assim? Ele ta viajando Mel, não tem como, ta muito longe.
- Você que pensa, olha ali.
Apontou, já que estava meio escuro ninguém ia reparar. O pior não é ser verdade, o pior é ver que ele estava acompanhando. É, o Nick, coisa sem sentido, será que ele tinha voltado assim que voltei? Será que ele queria apenas que eu saísse de perto. Caramba, meus olhos pesaram, bateu uma tristeza, mas não me abalei não, felizmente não. Apenas continuei dançando e passei a também olhar pro Raí. O DJ da festa saiu pra pausa e eu fui dar uma volta na beira do mar sozinha. Estava confusa bastante pra disfarçar:
- Júlia? Ei Júlia, não fica aqui só não, é perigoso. – Falou Raí.
- Ta me seguindo é?
- Talvez. – Riu.
- Ah. Não é querendo compartilhar os meus problemas não, mas, to muito chateada.
- É, eu sei, a Mel me contou, por isso vim aqui, acolher você.
- Ah, para ta? – Ri, e lhe dei um empurrãozinho. O Raí não perdeu a chance e aproveitou meu braço e me puxou pra frente dele. De repente fiquei séria.
- Ele é mó covarde sabia? Trair uma gata como você.
- Ah, concordo em ele ser covarde, mais poderia me soltar?
- Só se eu ganhar um beijo.
- Não Raí, é sério, me solta.
- Ta, foi mal ai. – Falou, chateado.
Agressivo, idiota. Saí e voltei onde estava a Mel e o Eduardo. Sinceramente, que recepção né? Ver o namorado pegue na mentira e me traindo, tentar ser beijada a força, finalmente vi que a melhor solução era ir dormir, sabia que seria impossível dormir naquela barulheira toda, mas queria pelo menos ficar só e em paz:
- Mel, vou lá no quarto, depois eu volto ta?
- Ta certo amiga, cuidado, aqui tem muita gente tarada. – Falou ela, preocupada. Aproveitei e dei uma rápida olhada pro Raí, pra que ela se tocasse, então olhei nos olhos dela de volta:
- Sem problemas, espero que tu venhas logo atrás de mim.
- Ah ta, então vamos lá.
Peguei na mão dela pra que ela não se perdesse de mim, fui andando e andando, esbarrando em algumas pessoas até uma delas ser quem eu evitava:
- Júlia?! – Falou pasmo quando me viu.
- Eu mesma, NICK. Seu Idiota.
Apenas dei as costas e fui aonde iria. Chegando lá bati a porta com força, estava com ódio. A Mel riu e falou que eu era corajosa e agi diferente, achou que eu ia ficar lá brigando com ele. Contei a ela sobre o irmão, pedi pra que ele ficasse longe, ao menos que ele se arrependesse muito, ai sim. Nós rimos. Ela saiu do quarto, pediu pra que eu não demorasse e ficasse bem. Um tempo depois o Eduardo bate na porta:
- Ei, posso entrar aqui? Não causarei problemas pra você, prometo. – Ele riu baixinho.
- Claro, que besteira. Entra ai.
- Cara, sinceramente não to curtindo muito, to sozinho praticamente. – Falou enquanto sentava na pontinha da cama, estava um pouco perto.
- Como assim?
- O Raí ta dando em cima de todas as meninas, pra variar. – Nós rimos. – E a Mel ta dançando, claro, curtindo, mas não tenho intimidade com ela, não conheço quase ninguém, então vim ficar aqui, sem fazer nada, como você.
- Ah ta, é uma boa dica, por isso vim aqui.
[...]

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